domingo, 26 de dezembro de 2010

Minha Poesia.



Magoa os meus lábios com os teus. Toca-os ligeiro, de leve, me pede o que quiser. Encontra-me, me aponta o dedo, simula amor, ou o tenha. Arrasta-me pela tua história, pelo teu corpo e pelo teu calor. Teus pelos arrepiam-se comigo e os meus... Ah! Os meus amores se foram te dando lugar, é todo seu. Vem ser a minha diversão, a minha poesia, o meu intento. Eu te avisarei os meus casos e os teus já se fazem de mim. Vem contar-me tua vida nos últimos dias, eu te conto os meus anos. Pula pra cá que eu te faço rir e vou rir contigo. Corre a mim pra eu ser feliz. Traz-me a tua paz.

Segundo e útimo suspiro




Acabou. O conto de fadas que se contava com tamanho orgulho, o querer por não poder e o lutar pra ter, findaram-se dando espaço a então chamada realidade. Tentavam pela segunda vez (para não dizer milésima segunda) estar juntos, mas de tentativas não se é feliz. E a velha estória de amores impossíveis agora talvez exista. Já disseram uma vez que quem tenta e falha é mais vitorioso de que quem nunca tentou, e é essa a frase que sustém. Talvez tenham falhado, porém tentaram. Repito quantas vezes forem precisas. Quiçá fosse um erro permanecer tentando em algo que não daria certo, e para não-covardia (ou por covardia) não permaneceram em erro. Acreditava que tudo fosse tão benéfico que não viu o mal que poderia estar fazendo a todos, mas percebeu a tempo que não era esse o momento propício para arriscar. Um último suspiro ao que era bom, mas não se precipite, pois apostar em finais adequados ou apropriados talvez não seja necessário. Deste não se faz idéia!

Inconstância


Eu queria poder escrever agora, mas que escreveria? Mutável o sentir e instável. A borboleta de Clarice se faz de mim agora. Hesitar enfim desde o que se tem certeza ao que não se faz idéia. Ou um ou outro... Nenhum. Mais vale usar a sabedoria neste, e se ausentar-se de mim então, que hei de fazer? Poderia ficar a escrever as dores de um namoro gorado, os fracassos de um dia estranho ou ilusões alheias... Ou escreveria da vida e seus sentidos, da biografia de dois apaixonados e declarações. Eu quero só poder escrever. Incertamente e livremente minutar, provar e aprovar. Ouvir histórias e senti-las. Ciente de tudo, conhecedor dos sentimentos incertos, sabedor dos anseios verazes. Constante a vida se faz monótona. Uma precária inconstância diverte.

quinta-feira, 29 de julho de 2010


O grande desafio do momento é nomear o que estou sentindo!!!

Devaneio


Devaneio.

Aquele das minhas ilusões, dos sonhos interrompidos, das carícias cessadas. Descontinuando planos, obstruindo as ilusões mais sucintas e verdadeiras, acabando com conceitos. Fantasia oculta e barrada. Idealizava em mim uma realidade de mentirinha, uma verdade fictícia.
Ah, quando mergulhei nos pensamentos encontrei um mundo diferente, fixei-me neste, ele é meu, meu mundo de ficção. E saio da realidade e brinco de ser feliz e pulo corda e ninguém me acorda... Fico lá a imaginar sozinha não, comigo.
Absolutamente nada mais me assusta, em meu enleio tudo é causa justa. Espanto-me de ser tão feliz, mas minha felicidade é o que também assusta a tantos.

Menina, Não chore.




E acreditando nas histórias com finais felizes ela cresceu. Talvez acreditasse em histórias tão oportunas que nem sequer havia finais. Aquela ali da foto antiga rasurada no canto, apostou que realmente pudesse haver contos reais com ditosos finais e quem sabe ainda arrisca que assim seja. Ela não tem maldade e não vê maldade, pode ser esse seu defeito, falha única. É ela tem falha, e como todos, ela chora, brinca, namora, mas chora. Não, como todos não. Ela chora um pouco mais. Óh menina sensível de alma branda, porque choras tanto? Crês com tamanha dimensão nas histórias prósperas e choras tanto. Não chores menina, se houver final que seja feliz. Não deságüe no teu pranto.
O seu choro sim, é riso dos outros. Óh menina, estás crescida agora e não és a mesma de outrora. Como tu menina, existem poucos. Menina é uma bobagem dizer que é desvantagem essa tua bondade. Menina engole o choro e fale em coro das tuas vontades. Queira sair, queira sorrir, deixe a alegria fluir. Por obséquio menina decore, eu não quero mais que chore. Óh por favor, faz assim por ti e por mim. Um sorriso tão bonito escondido pelas lágrimas que não cessam de descer. Oh menina sensível de alma mole, porque choras tanto? Crês que feliz pode ser, a felicidade você que faz, você que escolhe, não deságüe no teu pranto. Óh Menina, por favor, não chore.

By: Éven Araújo

terça-feira, 8 de junho de 2010

MUDO'


MUDO

Mudo, tal amor mudo.
Se for pedida a tal mudança
Mudarei pela nossa esperança
Por ti faço quase tudo.

Oh amor mudo.
Que se calou diante de mim
A mudança ainda sem fim
E de quase, faço um tudo.

Eu mudo sem falar nada.
Por ti hei de mudar...
Por ti hei de esperar.

Digo que mudo e você calada.
Não consegues acreditar...
Mas por ti eu vou mudar.

sábado, 15 de maio de 2010

Veracidade Imaginária


E hoje eu não tenho somente o que restou do teu amor. Tenho um amor que soube aproveitar e foi aproveitado, essa é minha veracidade imaginária.

Éven Jaene

sexta-feira, 7 de maio de 2010

QUEM ME DERA...




A chuva cai lá fora, e o vidro da janela escorrendo água como se fossem lágrimas... O dia frio comparado aos demais da semana que acaba de acabar. É domingo e no quintal o lamaçal que se forma, lambuza o cãozinho que também observa a chuva, triste. Quem me dera estar lá fora, sem medo de ser feliz, a correr como uma criança, sem preocupar-se com a roupa suja, ou até mesmo sem roupas. Livre para rir e chorar ao mesmo tempo, com a felicidade estampada no peito e o sorriso estampado no rosto. Apenas sentir a água que cai de não sei onde e vai para um lugar aí que desconheço. Olhar pra cima e ver pingos grossos a cair em minha direção, olhar pra cima e fechar os olhos, apenas sentir os pingos e o momento.
Aqui dentro, sob um telhado, apenas a lembrar do passado. Separar os bons e os maus momentos, escolher os bons e rir deles. Sorrir sozinha... O peito apertado a chorar pelo que não volta, a testa franzida, e posso ver no olhar cada cena vivida algum dia. Quem me dera poder voltar e viver intensamente a cada uma. A infância e as brincadeiras com o cãozinho no quintal, as correrias com primos próximos que hoje não vejo mais, o leite em pó que um dia peguei escondido de todos só pra me deliciar do proibido. O primeiro beijo, as festas de páscoa na escola e o frio na barriga por ter a certeza de que vem bronca do diretor por esquecer uma tarefa. As desculpas esfarrapadas em situações mais esfarrapadas ainda.
Sob um cobertor quentinho, penso na semana que está começando. Um aperto no peito receia a semana corrida que me aguarda. O leite em pó hoje em dia é colocado de manhã cedinho para um café apressado, o mundo me espera. Garganta quer gritar, mas engole seco. A lágrima cai sem querer, mas cai.
Quem me dera poder sair correndo pelas ruas descalça, soltar um berro e fazer o mundo ouvir a felicidade imaginária. Esquecer os problemas no meio do tempo, sentir o vento... Poder chorar sem medo de ser feliz e ser feliz simplesmente por não deixar tristeza engasgada.
Ouço a chuva no telhado, céu quer parar de chover e eu já parei de chorar. O som das gotas faz parecer que a chuva está batendo palmas. Chão e teto molhados, garganta e face secas. Imagino sozinha o futuro. Quem me dera ter conhecimento sobre ele, saber dos erros para não mais cometê-los, saber dos acertos para festejá-los desde já, saber das situações para ter o que dizer, saber quem realmente me ama para dá-lo valor.
A chuva cai lá fora e aqui dentro sob um cobertor quentinho, ouço a chuva no telhado. O sono me faz ter sonhos e depois de acordada reflito no agora. Passado vivido com gosto, hoje na memória faz-me rir. Devo viver o agora, que um dia será meu passado e refletirá no amanhã que um dia será o meu agora. Viver intensamente este momento. Um dia eu disse: quem me dera viver bem. E hoje vivendo bem eu lembro do meu quem me dera. Saber viver, viver... Eu vivo!

UM DIA

Um dia eu disse que a saudade causada pela perda seria esquecida com o tempo, mas quanto mais o tempo se passava mais saudade era causada...
Um dia prometi a mim mesma não mais me entregar para não sofrer, mas acabei fazendo sofrer quem me amou e se entregou pra mim...
Um dia tive vontade de arranhar a garganta com um grito de choro e não pude, mas já tive o poder de gritar risos arranhando a garganta...
Um dia eu disse que iria esquecer um amor, mas esqueci de citar quão difícil seria e que demoraria um pouco...
Um dia prometi que quando lhe visse eu seria mais forte e diria não dá mais certo pra nós dois, mas não deu certo porque quando lhe vi, você prometeu a nós dois um sentimento mais forte...
Um dia te ouvi dizer que na tua opinião as pessoas não nos separariam, mas quase nos separamos por ouvir a opinião das pessoas...
Um dia eu corri por temer algo, mas por temer me fazer sofrer alguém correu pra me ajudar...
Um dia chorei pela morte de queridos, mas descobri queridos que estavam lá dispostos a deter o meu choro...
Um dia te liguei só pra ouvir tua voz, mas também já desliguei o celular pra evitar uma possível briga ao te ouvir...
Um dia já te chamei de amigo só por chamar, mas já olhei pra ti tão grata que um “amigo” soou com minha boca fechada...
Um dia eu dancei muito por estar feliz ao extremo, mas também já dancei muito pra esconder a tristeza em demasia....
Um dia eu fui fria numa tal situação, mas já quebrei o gelo de várias outras...
Um dia ao ouvir uma música lembrei de você, mas também já ouvi musicas tentando te esquecer...
Um dia prometi a mim mesma dar a volta por cima, mas sem esforço meu o mundo deu voltas e eu estive em cima...
Um dia julguei mal algumas pessoas, mas hoje somos amigas, muito amigas...
Um dia esperei o dia de amanhã para fazer algo, mas também já fiz algo hoje que deveria ser feito só amanhã...
Um dia compus poemas pensando em ti, mas já li trechos teus deixados no meu celular...
Um dia contei segredos a pessoas erradas e saíram com o vento, mas já ouvi e guardei bem segredos de pessoas erradas...
Um dia por amar demais tive de esquecer alguém, também já esqueci alguém que não me amava...
Um dia confiei meus segredos a pessoas certas, também ouvi os seus...
Um dia lagrimas caíram de meus olhos por causa da perda, mas por certas perdas hoje meus olhos brilham...
Um dia esperei o dia certo pra declarar um amor, mas hoje sei que não há dia certo para se amar...
Um dia percebi que a cada dia estamos a fazer coisas novas, mas aprendi que cabe a nós deixar as novas coisas se tornarem inesquecíveis nos nossos dias.

ABSTRATO

A falsidade e a ingenuidade andavam juntas... Falsidade falava para ingenuidade algumas estórias da ‘amiga’ mentira, que estava sentada sob um pé de castanholas, sozinha de cabeça baixa. Tristeza num outro canto tocando seu violão enquanto a felicidade dava uma volta, esta de tão feliz pulava e não parava quieta em canto algum. Perseverança tentava há horas ter uma conversa aberta com a timidez, mas esta de tão reservada não conseguia falar uma só palavra. O ódio que passava por ali parou onde suas conhecidas: a inveja e a curiosidade. Tiveram um diálogo bem longo, eles se entendem! Não se contentou e perguntou-as se haviam visto o amor por ali, curiosidade sem perder a vez desejava saber o que ele queria com o amor, o ódio calou-se. A inveja respondeu que não sabia do amor e nem queria saber, saiu com raiva. Ao lado de um córrego a pressa observava rapidamente sua maior inimiga, a perfeição, que estava a brincar com a paciência, comiam maçãs despreocupadas. Próximo dali chorava o arrependimento, mas não estava só, o amparo o consolava e o acolhia em seus braços. A verdade, também embaixo de um pé de castanholas, não estava sozinha e argumentava de cabeça erguida com a razão, ambas já vividas contavam com seriedade seus aprendizes de vida. Cansada a velhice agora vai pra casa, com a bengala já bem usada anda passo a passo no caminho de volta,quer descansar. Beleza e vaidade vão chegando agora, atrasadas como sempre, elas têm muito que falar, conversam mais que todos e não param a língua, mais atrasadas do que elas somente a lerdeza e até este momento não veio, mas ela costuma vir, é só esperar mais um pouquinho. A preguiça já devia ter ido embora e só não foi ainda, pois estava esperando sua amiga disposição chegar pra então poder sair. Um grupo de amigos estava na parte de cima do parque, encontravam-se a esperança, a confiança, a compreensão e dentre eles estava o amor. Ah, o amor nunca está sozinho e na maioria das vezes está com estes amigos no qual nomeia de inseparáveis. Estavam chegando para perto dele também a fidelidade que subia de mãos dadas com o carinho, chegavam juntos. Ah, o amor suspirava de tão feliz. Ele observava calmamente todos que o rodeava. Puro, aconselhava os amigos que o completavam. Naquele dia muitos vieram até este parque, chegaram a horários distintos, brigavam os que não se entendiam, brincavam aqueles unidos, mas vieram quase todos. O amor, puro como sempre, estava ali a unir os outros. De uma forma bem concreta sentimos aquilo de mais abstrato que existe.

MEMÓRIAS DE UMA VIDA.

Estive pensando no momento em que estou vivendo, momento que alguém decidiu chamar de agora. Percebendo que num futuro distante o agora vai estar na mente gravado, cravado no peito, não se há de esquecê-lo. E vai ser lembrado em meio às falhas da memória como algo que de tão longe nem parece ter sido vivido, mas vai estar lá pra sempre.
Hoje ouvi de alguém historias de um passado tão distante que mal eram lembradas, mas vieram como um presente neste presente que nomearam de hoje, de agora... Aqueles dias que eram tão felizes, mas que na época não eram vistos assim. E a felicidade que era vivida e não era percebida hoje na memória está marcada, guardada.
Disseram-me que se a vida fosse um ensaio seria tudo tão mais fácil... As correções seriam depois feitas para deixar um espetáculo mais prazeroso e a cada erro, uma nova chance, agora é só acertar. Mas digo-vos que a vida já é o próprio espetáculo, nós, como protagonistas, podemos escolher quem fará parte dele e quem ficará apenas a assistir, a observar. E se tivéssemos tempo para um ensaio talvez não déssemos tanta ênfase a esse show onde uma falha, por menor que seja, muda todo o curso da história, e poderia até ser mais simples, mas não seria tão intenso.
Aqui os amigos têm espaço, podem falar, podem invadir em qualquer momento e serão ouvidos. Aqui também há aqueles, ali da platéia que não participam, mas estão sempre a observar, de longe, mas observam e ainda sentem-se no direito de fazer críticas. A partir do momento em que a cortina se abre, tudo dá inicio e o espetáculo que acabou de começar deve ser apresentado da melhor forma possível, pois quando fecharem-se as cortinas o melhor som é o dos aplausos, pois demonstram o valor do protagonista e de seus atos sobre o palco.
As memórias de toda uma vida estão guardadas e as ações de todo um passado estão sendo refletidas hoje. Viva intenso, viva com clareza e seus merecidos aplausos com certeza serão ouvidos.

A NA ROSA DE ANA ROSA


E ambos ao caminharem naquele mesmo lugar, agora se encontram de frente um para o outro. Devem passar, falar ainda não, são desconhecidos. E ao se aproximarem os olhares se atravessam, vê seus olhos e encara através deles, encara a alma. Ela com olhos grandes e amendoados apenas a observar. Ele com pouco de sorriso derramado no canto da boca, a cumprimenta e sorrir com os olhos. A timidez dela desvia seu olhar e ambos passam um pelo outro agora olhando para frente. Ela, ainda acanhada, segue seu caminho, ele olha para trás e a analisa também de costas. Por trás dela o sol se põe e a tarde cai, o céu de azul agora está cor de rosa, e o cheiro daquela rosa no cabelo dela ele nunca mais esquece. Mal sabe ela o nome dele, ele nem arrisca o nome dela. Aquela flor nos fios negros e cacheados do cabelo dela é levada pelo vento sem a sua percepção. A brisa que a guia a deixa sobre o ombro dele e ele toma-a em suas mãos. Naquela rosa havia uma letra, havia simplesmente um A desenhado em uma das pétalas. Novamente olha para trás e volta a vê-la, o descuido fez aquela flor voar aos céus até não mais poder ser vista. A menina dona da flor, dona do A, tenta olha-lo, mas não consegue, continua insegura. Ambos continuam seus caminhos. E depois daquele dia, nunca mais eles se viram, mas também nunca mais se esqueceram.

Decretos incertos de uma vida certa

O que eu quero? Um lugar reservado longe de tudo, distante de todos. Um lugar pra poder pensar no ontem, refletir agora, e até fazer planos para amanhã. Um espaço só pra mim, onde eu possa descobrir sozinha sentimentos ocultos, onde a música do momento seja composta por mim e o sol queira invadir violentamente este quarto escuro como se fosse romper o telhado.
O que eu desejo? Um ambiente cheio de gente. Pessoas andando, falando, fazendo barulho para espantar a tristeza. O calor humano mais aquecido que o calor do sol. Os sorrisos em direções distintas e olhares apontados para direções semelhantes. Um lugar tão animado que se pensa no agora, o amanhã só se vive ou se planeja amanhã mesmo. Um espaço onde eu sou uma parte que completa um todo. Onde ninguém pára, ninguém tem filosofias... Apenas se curte o momento.
O que eu espero? Que o frio se acabe, que se quebre o gelo que há nesta situação. Que a lua por estar a provocar tal frieza mude de fase. Que mude de fase também as pessoas que por frieza se fecham para o mundo, se fecham do mundo. Ali a tristeza afasta ruídos... Espanta-os.
O que eu almejo? Que continue este frio, pois só assim as pessoas se abraçam. Que a lua continue cheia e ilumine casais de namorados. Que até ruídos mínimos os façam rir, que a musica do momento seja dedicada a ela, dedilhada por ele no violão afinado. Que os sentimentos jamais ocultos se apossem de ambos, num lugar reservado, para os dois.
O que eu peço? Água para matar a minha sede. Peço a sede de querer vencer e não desistir tão fácil por causa da queda. Exijo a volta por cima, a maioria consegue, porque não eu? Imploro pela claridade, por amizades que se possam chamar assim, pela paz, sossego...
O que eu vejo? A água da chuva grossa caindo sobre um casal de apaixonados. Vejo todos com sede, e é fácil saber por quê. Pularam de mais, brincaram muito, divertiram-se. Já clareia o dia e ninguém pensa em ir embora, só exigem que isso se repita por várias vezes. Amigos de verdade param e perguntam: Porque você veio? Nem eu sei por que eu... Não importa. Estou feliz e é o que vale.
O que eu quero, o que eu desejo, o que eu espero, o que eu almejo, o que eu peço, o que eu vejo... Há altos na vida, onde a felicidade deve ser controlada. É um período excelente, onde tudo corre bem e ainda por cima é em torno de ti. Mas, há baixos que deixam altos só na lembrança ou até mesmo no esquecimento... Cabe a ti controlar os sentimentos exacerbados e não se dá por vencido. Eles raramente não vêm juntos, provamos um de cada vez, cabe a nós termos o controle sobre eles e sobre nós mesmo em tais situações. Espera, a felicidade já vem!!!

TOCANTES: SER E SOM

Toca de mansinho o som no ouvido de ambos... A música lenta banca algo inexplicável e sem olvidar citar, inesquecível naquele momento. Tocam o corpo de leve as mãos suadas pelo calor ou pelo anseio. Correm pela pele fazendo desenhos, ora geladas, ora quentes, mas não cansam de correr, não cessam o ato.
O ser toca o outro ao seu lado afavelmente. Eles querem um ao outro. Arrepios, calafrios... Ambiciosos os olhares se cruzam, cobiçosos os lábios se tocam vagarosamente. Eles se amam!
O som, a música, toca os que se tocam. Não toca o corpo nem de leve, mas toca a alma bruscamente. Deixam marcas e sinais, lembranças e recordações. Toca ali o som na hora certa, no volume certo, num certo local desconhecido até então. Toca para os que se amam!
O tocante som, o marcante toque... Juntos unem ambos os seres. O cenário incógnito, eles agora envolvidos, dizem que se amam, sentem-se amados. Não se sabe realmente quem são ambos. Não se sabe se ambos existem! Mas, eles se amam, eu sinto!

TU NÃO SOUBES AMAR

Negar o sentimento pode tornar-se a fortaleza deste que de tão fraco já disse que ama. Afirmou, confirmou e com sinceridade amou. Puro, amou mais a ti do que a ele mesmo, e tu cego ou simplesmente assim fingia ser, não pode ver o que se passava ao teu lado. Pudera eu cessar as incertezas daquele que por amar em demasia, teve de amar pouco! Talvez ele não duvide de nada, talvez essa já seja a dúvida (se é que há realmente dúvidas). Não sei, duvido...
Confesso, ele sim amou e sofreu por isso. Ele sim arriscou o que podia só pra te ver por segundos e por isso sofreu também. Viu-te, gravou na memória desde o que queria até o que não precisava ver... Francamente, acompanhei seu sofrimento de perto. Sentiu o sofrer, pediu por você e só te ouviu dizer: Não mais.
Hoje, frio, nega amor até a quem mais o ama. Essa sim é a única estratégia usada por ele e não julgo. Não digo que a culpa é tua, fostes apenas influencia nas decisões deste que hoje não sabe expressar seus sentimentos por temer as conseqüências. Este, não sabe mais viver o agora ao se precipitar pelo depois. Ele desaprendeu e... Mesmo que esteja sentindo, não quer ou não pode mais dizer: Te Amo!

CORREÇÃO DE ATOS.

E na tentativa de sempre fazer o bem, erro sem a intenção do fato. Ter a certeza de estar certo é isso que queremos... Mas é justamente aí que a dúvida surge. Um ato no intuito de acertar sempre, mas o fato é que errei sem querer. E como é que se acerta algo sem poder voltar atrás? Posso até tentar concertar, corrigir, mas as marcas ficarão para sempre. Talvez não exista sempre, mesmo assim o descuido fez existirem marcas.
Tudo mudou em segundos, e não serão segundos que trarão tudo ao normal. A face molhada reflete o coração ensangüentado, será que pode haver prazer na dor? Desprezo, aversão... O sentimento agora é totalmente diferente, um outro, desconhecido até o momento. Amargo, estranho... A vontade de ajustar ocorrências e episódios é imensa, mas ainda maior é a vontade de voltar o tempo, justamente para dar o meu melhor.
Olhando o relógio, é madrugada. Percebo que ponteiros não podem dar-me o dia anterior, também não podem apressar o dia de hoje para que o tempo cure feridas, o que me resta é esperar. Pacientemente começar de novo agora. Com calma, aguardar. As marcas, jamais apagadas. Os acontecimentos, nunca esquecidos, isto é claro. Mas, tempo e perdão restaurarão os corações envolvidos. Não deixar o desespero apossar-se, tentar mostrar a si mesmo que podes conseguir. Amor e dignidade serão devolvidos. É só esperar.

TRISTEZA


Inexplicável, chegou e tomou de conta... Sem motivos, com objetivos, talvez! Era tamanha que desceu pelos olhos e escorreu a face em forma de lágrimas! Doeu e ainda doe aqui dentro nesse aperto que dá, incomoda e me faz pensar! Pensar em mudar, em lutar, em desistir, em cair, em levantar! Surgem contradições na ausência de explicações!
Não saber o que fazer, talvez seja essa a conseqüência! Talvez ainda venham outras, não sei! A única certeza que eu tinha no momento era a de não ter certeza alguma!
No sofrer da alma, no poder da calma, pude perceber e provar de sua essência, sem desespero fugir ao apelo pode ser a saída! Um mundo fundo a espera de um ser que sofre! Triste, pude notar a vida... Não mais pensar, mas refletir! Com tristeza derramada sobre minha face, continuo a provar desse sentimento! Este maltrata e ensina ao mesmo tempo. Estranho... A vontade de que se acabe é imensa, mas ele me ensinou o que não mais devo fazer para provar dele de novo. Cabe a mim andar no caminho certo.
Como diz o próprio nome, este é um sentimento triste... Mas com certeza vai passar.


By: Even Jaene

CORAÇÃO


É que simplesmente ele não sabe o que quer! Pulsa por várias vezes em demasia.
Pusilânime, com fraqueza de ânimo, não decide e me deixa confusa.
Indeciso, incerto, nunca havia contrariado a minha mente. Seguia razão e não emoção.
Por um lado feliz, por outro triste, por um lado grosseiro, por outro sensível... É que ele mudou muito!
O motivo? Até ele tenta descobrir, são tantos e ao mesmo tempo nenhum...
Mas, ele continua pulsando. Por mim, por ti, por nós.
Rapidamente, desesperadamente, demasiadamente pulsa e continua com suas decisões.


By: Éven Jaene

*TUA AUSÊNCIA

E juntos superamos! Alguém, alguns... Usaram a voz para tirar-me de ti e de conclusões tentaram nos afastar. Surge uma pergunta, a pergunta... Talvez juntos fossem sofrer mais que a sós. As palavras ecoam: mesmo sofrendo me retiro para não ver o teu padecer. Machucados, ambos agora calados, apenas o relógio toma o som da sala. Digo de certeza que talvez sim a tua ausência venha a me machucar. Tua presença? Jamais!

ADMIRADOR DE ELDA.

É o da menina delicada, que preciso conquistar. É no seu olhar que desejo me encontrar. A admiração oculta pela mulher que ela é, continua escondida e não sabe quando vai se manifestar. Deixa assim ficar implícito.
É o daquela que sorrir com a alma, disposta a fazer sorrir a alma de quem está perto. Eu desejo estar perto. A garota branca, com beleza e exação, a mulher franca, com pureza e determinação, invadiu sem querer o meu espaço e sem autorização faço do seu espaço, nosso. Faço quieto, faço. Minha quimera, meu devaneio, minha ilusão. Fico eu sozinho a descrever inúmeras vezes aquela, a minha. Incansável, inalcançável.
É o da mulher decidida, que escreve, que ler, que rir, que chora, que sabe encantar.
É o da minha querida, a qual eu observo de longe todos os dias, aprecio mais que tudo seu interior, que me acomoda. Ela faz o bem, pois se sente bem assim. Meiga, creio que não só eu estou encantado. Ela sabe cativar.
Eu, admirador de Elda aqui apenas a observá-la. É o coração dela que preciso conquistar. É o da menina delicada que sorrir com a alma. Elda minha querida.

ELA E ELE, AMBOS.


Ela, pequena grande mulher... Seus pensamentos nem desconfiavam o que o coração já adivinhava. Seguia sempre confiando em si, apenas em si. Pertencia a si mesma e a mais ninguém, dona de si, dona de seus atos, dona do seu mundo. Encontrava-se feliz naquele momento e acreditava que felicidade maior poderia arruinar o que estava sendo vivido.
Ele, grande homem... Calculava desde já o que o coração deveria sentir. Talvez ele sim pudesse controlar seus sentimentos. Não confiava em ninguém, nem em si mesmo. Era dado aos amigos e zelava por eles, estava feliz e não negava sua felicidade a ninguém.
Ela, não o conhecia e resumia tudo o que falava sobre ele (quando raramente falava), seus pensamentos até então voltados para a sua vida, para seus amigos... Vivia assim e até temia uma suposta paixão. Tinha medos... Alguns. Tentava controlá-los, ocultá-los, mas não escondia que temia frustrar-se com algum amor.
Ele há alguns dias falou nela, sem perceber comentou sobre ela como nunca tinha discorrido alguém antes. Esqueceu-se do comentário e continuou a sua vida, só.
Ela o viu em um determinado lugar comum para os dois, e a partir de então não existia mais só ela. Aproximou-se dele serenamente, fingiu que não o via, mas seus olhos teimavam naquela direção sempre. Sua alma o desejava, mas seu corpo se afastava. Corpo e alma, mente e coração se contradiziam.
Ele a reconheceu no mesmo lugar, fixou seu olhar nela, sorriu. Não existia mais só ele. Sem disfarce algum, mostrou a todos que a queria. Mudou muito e não conseguia mais controlar o que sentia, descobriu que sentia, respirou fundo sem nunca desviar seus olhos dela, daquela que simplesmente o tocou mesmo de longe. Tocou seu interior.
Ela tentou enquadrar nele seu próprio mundo, seu novo mundo e conseguiu mais que isso. Alcançou seu coração e sua mente nunca mais parou de pensar nele, nunca mais parou de procurar por aquele.
Ele buscou nela sua paz, buscou nela uma nova forma de vida e por ela, ele mudou. Encontrou com ela sua paz, a razão de sua vida e as mudanças que lhe favoreceram. Hoje ele sempre pensa nela, vive por e para sua querida. Sabe confiar, pois deseja a sua confiança.
Ambos estão juntos no presente, pois sabem se completar e sabem se completar simplesmente porque assim o querem. Desejam um ao outro. Os outros são apenas os outros e opiniões alheias não sabem interferir.
Ambos! Hoje existe “ambos” e um é o presente do outro. Pensavam estar felizes sozinhos, mas um descobriu sua própria felicidade naquele à sua frente. Ele a ama e é recíproco. Não há mais só ela, não há mais só ele e esperam que assim haja de ser. Almejam que ambos juntos permaneçam e esperam que assim seja para um sempre eterno enquanto dura.

sexta-feira, 30 de abril de 2010

Sinais

E as perguntas feitas há alguns dias vão sendo respondidas a cada segundo que se passa. Sinais mostram cada vez mais que não existem apenas coincidências, é destino mesmo. O caso é que não são simples acasos que ocorrem em vidas e fatos existentes desvendam o que não se entendia. O que antes era dúvida vai transformando-se aos poucos em certeza. A mente trabalha no que pode e no que deve ser feito. Acontece que quando sinais surgem não se deve fingir-se de cego, encare-os de frente e trabalhe para descobrir o que eles querem dizer. Ambos num mesmo ambiente, nada combinado... Não há duvidas de que não são apenas coincidências, é destino, são sinais.