quinta-feira, 21 de julho de 2011

Eu não te posso mais, mas eu te necessito inteiramente!




Eu preciso do teu conselho, do teu abraço, do teu abrigo. Do ombro largo e inteiro a mim, das palavras doces, de um suspiro sereno. De um embalo tranqüilo, de um sono ao sofá, da música lenta... Eu preciso da tua amizade, do teu carinho, do teu amor. Inteiramente entregue ao cafuné na cabeça, ao roçar na nuca, ao tocar das mãos. Para buscar novamente a voz, a alma e o sentimento. Eu preciso do teu sorriso, do teu amparo e das tuas sugestões. Preciso cá inteiramente de você.

Ilusões de Marionete



Se ainda é manhã não sabe, mas acorda passivo de continuar a afirmar o que sente. Incansavelmente confirma o amor que de tão amor é quase inalcançável. Amor é uma palavra forte, mas cabível. E de tão grande se faz cego de muito. Esquece cifras, perde-se de tudo. Ilusão oportuna a da boneca que acreditou nas palavras de seu possuidor, mas tais versos dedicados e dirigidos a doce peralta talvez fossem verdades. Se for amor ou uma simples possessão não se sabe dizer, sabe-se apenas que era demais. Cuidado com tudo que é demais - ouvia a boneca. Desconfie! Mas ela confiava em seu dono de tal maneira que ensurdecia diante dos outros. E ele cuidava da boneca como quem cuida a própria vida ou mais... Era a vida dela que estava em risco. Ela passava noites de olhos abertos e por mais que quisesse fechá-los não podia. Admirava próxima da estante de ferro aquele que dormia e sonhava com ela todas as noites. Puro e difícil o amor de ambos. Não diria impossível, pois existiu e se ainda permanece no peito de porcelana e pano, permanece no homem. Acorda preocupado com a boneca que agora dorme, e a desperta devagar e de leve para contar incansavelmente do seu amor por ela.

sábado, 9 de julho de 2011

Você e Eu...



Pronomes em desuso.

Não há utilidade de te pôr junto a mim agora. Agora não. E vais vivendo bem, eu vejo. E vais curtindo a tua vida que outrora era minha e precisava da minha para viver. E eu vou seguindo, deleitando-me das emoções que não participas e dos lugares em que já não andas. Jamais me lembro de te esquecer e se assim já o fiz, prefiro não fazê-lo novamente. E a tua vida vem à minha nas canções, nos contos e nos cantos da cidade. E a minha já aprendeu a sair da tua quando ela me vem, subitamente. Mas eu conheço a vida e ciente das nossas eu sei que elas ainda se cruzarão. E nesse dia, exatamente nesse dia te acertarei a mim, te assentarei à minha vida e trarei o teu eu ao meu eu. Aproveitarei o “você e eu” que está retido. Reutilizarei o “nós” que está guardado na garganta.

quarta-feira, 6 de julho de 2011

Decidindo Migalhas.



(Texto das antigas)
Restaram apenas as sobras de um poético e aprazível romance. Invejado, cobiçado... Morto, quase morto hoje; Doente. Não vive e não padece. Que se faleça agora ou que se viva por intenso. Resolva-se. As tuas dúvidas só me confundem. Defina-se, pois por enquanto, eu, o teu, convivo com os restos de amor que deixaste pelo caminho e ando sem pressa para que não se acabe a via. Hoje foram substituídos os tantos toques e retoques por um mero aperto nas mãos. Trocados a respiração ofegante e perto, por milhas de distância e um olhar quebrado de longe, cruzado distraidamente. Nem mesmo bocas de outrem e carinhos em demasia me fazem esquecer do que se adoece aos poucos e sem fé quer padecer e viver ao mesmo tempo. E se deixas rastros pelo caminho é porque me quer por perto, eu estou aqui ainda. Sigo pelo teu cheiro e pelas migalhas de amor que respingam pela avenida. Não me perca do teu caminho, sou teu moço, sou teu bem, lembra? E tu, minha moça, minha vida, ainda insistes em mim. Eu vejo. Se assim não fosse já teria me expulsado da tua vida, pois só você pode fazer isso. Eu desculpo o teu amor e a tua vontade de seguir, se me perdoardes pelo mesmo. Mas por favor, não permita que venha outro e apague as marcas que tu deixas pelo caminho. Eu ainda sigo nele.


Não esqueça: Ainda.


Um pouco de amor e tudo se resolve!